17 de setembro de 2010

"Tenho cruzes mas vivo feliz"


Há pouco estive a tocar guitarra (uma coisa normal). Toquei uma que me faz sempre pensar quando chega já perto do fim... Fica aqui para reflexão:



Há um barco esquecido na praia
Já não leva ninguém a pescar
É o barco de André e de Pedro
Que partiram pra não mais voltar
Quantas vezes partiram seguros
Enfrentando os perigos do mar
Era chuva, era noite, era escuro
Mas os dois precisavam pescar

De repente aparece Jesus
Pouco a pouco se acende uma luz
É preciso pescar diferente
Que o povo já sente que o tempo chegou
E partiram sem mesmo pensar
Nos perigos de profetizar
Há um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia


Há um barco esquecido na praia
Já não leva ninguém a pescar
É o barco de João e Tiago
Que partiram pra não mais voltar
Quantas vezes em tempos sombrios
Enfrentando os perigos do mar
Barco e rede voltavam vazios
Mas os dois precisavam pescar

De repente (...)


Quantos barcos deixados na praia
Entre eles o meu deve estar
Era o barco dos sonhos que eu tinha
Mas eu nunca deixei de sonhar
Quanta vez enfrentei o perigo
No meu barco de sonho a singrar
Jesus Cristo remava comigo
Eu no leme, Jesus a remar

De repente me envolve uma luz
E eu entrego o meu leme a Jesus
É preciso pescar diferente
Que o povo já sente que o tempo chegou
E partimos pra onde ele quis
Tenho cruzes mas vivo feliz
Há um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia
Um barco esquecido na praia

3 comentários:

Sophia disse...

Curiosamente e por coincidência, ontem à noite publiquei no facebook algo que escrevi em 1999, que acho parecido com o que publicaste hoje...


Se o teu barco te conduzir, à deriva, por mares demasiadamente agitados, não será, por falta de aviso, nem será por tua imprecaução. Os barcos têm lemes, e as estrelas fornecem as instruções... Além disso, o mar não é assim tão agitado, pois, só por não se saber o que vai dentro dele, isso não quer dizer que o deixemos de aceitar como facto natural, bem vivo e presente, não à nossa memória, mas ao nosso estado de imersão. Renegarias tu, uma pessoa como as outras, o teu semelhante, só porque caiu em fraqueza, ou só por não conseguires achar nele ponta através da qual o consigas compreender? Ele não é, de modo algum, diferente de ti. É como o mar, comum a todos os seres. É como o teu mar, onde és tu quem comanda as marés, apenas as marés do seu próprio mar podem, de algum modo, diferir das tuas. Podem ser mais cheias ou mais vazias, podem vir mais cedo ou mais tarde, podem acontecer com mais ou menos frequência... o que não significa que deixe de ser mar.



“Quem tiver carta de navegação, que navegue. Quem possuir o leme, que conduza o barco. Quem tiver a chave do teu coração, que trace a tua rota. Mas não a dês ao acaso. Ela agora é tua. Procuraste-a, achaste-a e és dela merecedora. Faz por não a perder. Faz para que ela passe de chave de latão a chave de ouro para que se possa fundir com o ouro que, inda há pouco, encontraste no teu pequenino coração.”



Traça tu a tua rota, não queiras fazer parte da distante e indiferente frota!



autora: Carla S. P. R. Ferreira

Domingo, 10 de Janeiro de 1999

(livro 5) - em Regressão de Um Ser

Sophia disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Sophia disse...

Curiosamente e por coincidência, ontem publiquei algo no meu facebook que é parecido com o que publicaste hoje.

Tentei colocar aqui no comentário, mas não dá por ser muito grande.

Dá uma olhada a «Rotas» - excerto de «Regressão de Um Ser», palavras tiradas do final de um livro que escrevi em 1999 (notas do facebook).

Que o teu barco nunca fique vazio de sonhos; continua sempre a remar!!!

Bjinhos, C*