5 de novembro de 2007

Chuva dissolvente


Entre a chuva dissolvente no meu caminho de casa
dou comigo na corrente desta gente que se arrasta.
Metro, túnel, confusão, quente suor vespertino
mergulho na multidão, no dia-a-dia sem destino.

Putos que crescem sem se ver, basta pô-los em frente à televisão
hão-de um dia se esquecer rasgar retratos, largar-me a mão.
Hão-de um dia se esquecer, como eu quando cresci.
Será que ainda te lembras do que fizeram por ti?

E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei, já me esqueci...

Quando te livrares do peso desse amor que não entendes,
vais sentir uma outra força como que uma falta imensa.
E quando deres por ti entre a chuva dissolvente,
és o pai de uma criança no seu caminho de casa.

E o que foi feito de ti?
E o que foi feito de mim?
E o que foi feito de ti?
Já me lembrei...
Já me lembrei, já me esqueci...

2 comentários:

joão matos disse...

Desta eu gosto assim assim :) confesso que não é das minhas preferidas :)
prefiro o homem do leme, e a manhã submersa (esta é de longe a minha favorita.

abraço grande

Vitor Hugo disse...

homem do leme eskece... já tokei isso tanta vez na minha vida k já enjoa...

Manhã submersa é outra conversa... vale bem a pena... para mim das melhores d Xutos... tb gosto mt!!!

Esta é outra k tb curto bué... entre outas como por exemplo: Pede um desejo, Vida malvada, Circo de Feras, Remar remar, O que foi não volta a ser