25 de abril de 2011

Sexta-Feira da Paixão do Senhor


A Liturgia da Paixão do Senhor não tem a celebração da Eucaristia, mas apenas a distribuição da comunhão.
A Paixão do Senhor, não se pode tomar isoladamente, como um facto encerrado em si mesmo. É um dos momentos que constitui a Páscoa. Só se pode compreender à luz da Palavra de Deus.
A essa luz, a Paixão do “Servo sofredor” aparece-nos como uma obra em favor de todos nós.
Jesus surge não apenas como Vítima inocente e sofredora, mas também como Sacerdote. A Sua morte tem valor sacrificial, é um acto de mediação e causa de salvação. Não é tragédia, mas glorificação. A Cruz não é objecto de ignomínia, mas trono de glória!
A celebração deste dia, para além de uma introdução e conclusão silenciosa, tem três momentos distintos: A Liturgia da Palavra, a Adoração da Cruz e o Rito da Comunhão Eucarística.

Liturgia da Palavra

A primeira Leitura (Is 52,13-53,12),  apresenta-nos  uma síntese da vida e da acção de Jesus:  Ele é o Servo que carrega os pecados da humanidade. Por eles dá a vida na Cruz, mas a Sua morte tem como fruto a Vida, vivida com Ele no Pai.

A segunda Leitura (Hebr 4,14-16;5,7-9), diz-nos que Jesus Cristo, o Filho de Deus feito Homem é o  Único Sacerdote e Mediador entre Deus e a humanidade.

A Paixão segundo S. João, introduz-nos no mistério pascal.


Jesus morre no momento em que, no templo, se imolam os cordeiros destinados à celebração da Páscoa. A Sua imolação é uma imolação "real",  um Sacrifício realizado uma vez por todas.
O objectivo de João, não é o de fazer uma crónica detalhada dos factos,  mas alimentar
a fé dos discípulos e iluminá-los sobre o sentido do que aconteceu.
Fixemos a nossa meditação nalgumas características dessa narrativa.
Jesus era a "Luz", mas os homens amaram mais as trevas do que a "Luz", por isso O rejeitaram e condenaram.
O velho Anás orienta o processo de Jesus. Ele controlava toda a actividade no templo. Ele era o Sumo Sacerdote nesse ano e personifica quem ama as trevas e não suporta a "Luz", que expulsa os vendilhões do Templo.
Diante de Pilatos: Os judeus estão fora; Jesus está dentro; Pilatos no meio...
Terminada a noite iniciada com Judas ao sair do cenáculo, desperta um novo dia...
Ao meio dia: quando o sol brilha com mais intensidade, Pilatos proclama solene a Realeza: "Eis o vosso Rei".
Jesus em silêncio, aguarda a escolha de cada um...
O realce da Inscrição sobre a cruz: em várias linguas.  É a confirmação solene e oficial da realeza de Jesus: Universal.
As Vestes são divididas  em 4 lotes. A roupa representa a pessoa e o 4 representa os pontos cardeais. O Sacrifício de Cristo tem um valor universal.
A Mãe confiada ao Discípulo. Jesus convida a Mãe a acolher como filho todo discípulo   que tem a coragem de seguir o Mestre até a Cruz e convida a Comunidade  a considerar-se filha do Povo de Israel do qual Cristo nasceu.
A Morte de Jesus: Suave e serena, sem fenómenos... Cai o véu que impedia que o homem visse o rosto de Deus.   
Contemplemos agora Jesus na cruz, pobre, fraco, que se entrega totalmente.
"Tenho sede".: Palavras exclusivas em João, lembram a água viva  prometida à Samaritana.
O Espírito foi entregue... Explicita a relação entre o "Espírito" e do dom da água viva.   Do lado aberto, “do seu coração brotará uma fonte de água viva” (cf. Jo 7, 37-38).

Adoração da Cruz

Adorando a Cruz, adoramos e agradecemos a Jesus o Seu Amor

Eis o madeiro da Cruz!              Vinde, adoremos!

                                           Cruz fiel e redentora,
                                           Árvore nobre, gloriosa!
                                           Nenhuma outra nos deu
                                           Tal ramagem, flor e fruto.
                                           Doces cravos, doce lenho,
                                           Doce fruto sustentais!




Rito da Comunhão Eucarística

Felizes os convidados, para a Ceia do Senhor!

“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”

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